Em julho de 2014, duas turmas de policiais rodoviários federais do Estado de Goiás que ingressaram ao órgão nos anos de 1974 e 1994, completam, respectivamente, 40 e 20 anos de serviços prestados à PRF e à sociedade goiana. Em nome de seus filiados, o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás (SINPRF-GO) parabeniza todos os PRFs pela data e ainda agradece imensamente esses homens e mulheres que decidiram fazer parte dessa corporação, abraçando a carreira de policial, protegendo e guiando a sociedade civil.
Por fazer parte da vida dos policiais rodoviários federais em Goiás, sabemos das adversidades, da luta e do trabalho. Mas sabemos ainda mais do orgulho e da honra em fazer parte dessa respeitada Instituição. Os nossos parabéns a todos os PRFs!!
Histórico
1974
A turma de PRFs oriundos do concurso realizado em 1973, que teve mais de mil candidatos inscritos, tomou posse em junho do ano seguinte, ocupando as 82 vagas disponibilizadas para o Estado de Goiás - que ainda possuía a área do atual Estado do Tocantins - e para o Distrito Federal. Posteriormente, em janeiro de 1975, a segunda turma de aprovados do concurso de 1973 foi empossada, diante da necessidade do aumento do efetivo. Ao todo, mais de 200 PRFs ingressaram ao órgão.

Odair Aires foi aprovado em primeiro lugar no concurso de 1974. Ele conta que soube da oportunidade por um amigo que trabalhava no antigo DNER, decidiu fazer a inscrição e a partir de então começou a estudar. Com a aprovação e após o curso de formação, Odair Aires deixou o trabalho em uma oficina mecânica e se tornou PRF. "Apesar dos problemas que enfrentamos, como as dificuldades para se fazer o transporte de policiais e de vítimas que atendíamos, era um trabalho bom e bonito. Tivemos muita utilidade aos usuários das estradas", relembra Odair Aires, que finaliza "Fui muito feliz na PRF, acho que colaborei com o que pude".
Hamilton Faria era cabo da Polícia Militar e viu no concurso da PRF uma melhor oportunidade de emprego. Como na época não era exigido o nível superior, Faria resolveu fazer a prova. "Minha vontade era fazer uma faculdade, mas não tinha tempo. O concurso foi a melhor alternativa", diz. O aposentado também relata as adversidades da profissão. "A gente tinha uma estrutura não muito boa, prestar socorro era complicado. Tinha medo de machucar alguém por não ter instruções precisas de como socorrer pessoas. Apesar de tudo, era um trabalho bem feito e tinha satisfação em realizá-lo", pondera.
Faria ainda fala da atual situação da Polícia Rodoviária Federal, "A PRF melhorou muito a partir do ano 2000. Melhorou em tecnologia, em assistência na estrada... e conta, por exemplo, com o apoio dos Bombeiros e Samu. Foi um grande avanço e é satisfatório ver a evolução", conclui.

Para Romeu Leite do Prado, que também ingressou na turma de 1974, o trabalho na PRF permitiu a ele trabalhar e formar sua família, além de proporcionar tempo para que ele estudasse, o que era uma aspiração pessoal. "Eu estava a cinco anos no Exército, no Estado do Pará, e não tinha tempo para estudar. Na PRF isso foi possível, além de poder voltar para Goiás", conta. Desde que entrou na PRF até 1998, quando se aposentou, Romeu Leite do Prado ocupou vários cargos de chefia dentro do órgão, sendo inclusive Superintendente Regional. "É uma oportunidade ímpar servir a nação. É um motivo de orgulho e gratidão ter feito parte de uma instituição tão respeitada", exalta Romeu.
1994
Quando a turma de 1994 tomou posse na PRF e iniciou o curso de formação, Romeu Leite do Prado era o Superintendente da 1ª SRPRF/GO. De acordo com o Inspetor, foi uma fase difícil para os 368 recém aprovados, pois o órgão passava por uma crise. "A PRF passava por um período complicado, não tínhamos viaturas, diversos postos estavam fechados... até o curso de formação dessa turma teve que ser feito de forma improvisada, pois faltavam, inclusive, professores. Foi uma vitória eles terem concluído o curso". Romeu diz que a crise chegou ao seu ponto mais alto devido à transição do comando da PRF, que era do antigo Ministério dos Transportes (DNER) e passou para o Ministério da Justiça. "Chegamos a temer que a PRF pudesse vir a acabar. Com muito trabalho conseguimos vencer essa etapa e manter a instituição, que tem um grande valor e é bem aceitada e respeitada pela sociedade" contou Romeu Leite do Prado.
O ex professor Newton Moraes, que prestou o concurso por incentivo de um amigo, conta que por ser uma turma muito grande - a maior já aprovada na PRF - o órgão realmente não tinha estrutura para recebê-los. "Para mim estava tudo diferente, deixar de ser professor para se tornar policial é uma mudança de ambiente muito grande. Ao ver a falta de estrutura da PRF no momento, fiquei mais confuso, tanto que cheguei a pedir minha demissão. Na época, o Inspetor Vicente me incentivou a esperar mais e com o passar do tempo percebi que era isso o que queria para minha vida. Hoje, a PRF é tudo. Você nutre uma paixão e um respeito que é fora do comum. Com certeza foi uma porta que se abriu para mim.", afirma Newton.

O PRF Paulo Afonso da Silva também exalta a satisfação em fazer parte da instituição. "Realmente tivemos essas dificuldades no início, mas mesmo com tudo, nunca pensei em sair da Polícia Rodoviária Federal. É um orgulho. Assimilei muito rápido a PRF em minha vida e mesmo depois que me aposentar, daqui a três anos, quero continuar a ficar em contato e fazer parte de alguma forma.", relata.
Fonte: SINPRF-GO



