No mês de agosto, a turma de integrantes da PRF, aprovada no concurso de 2004, completou o período de 10 anos na Instituição. Em nome de seus filiados, o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás (SINPRF-GO) parabeniza todos os PRFs, homens e mulheres, que decidiram seguir a carreira e se dedicar a serviços em prol da sociedade.

Histórico - Em 2004, dez anos após o chamado "grande" concurso da Polícia Rodoviária Federal, devido ao número do efetivo nomeado - mais de cinco mil policiais em âmbito nacional, o Departamento recebeu outro número volumoso de novos integrantes: 2.200 PRFs.

O concurso iniciado em setembro de 2003, com realização da prova em janeiro de 2004, teve processo rápido para os 550 primeiros aprovados: entre março e julho eles fizeram o curso de formação na Academia da Polícia Militar de Brasília (DF) e receberam nomeação no dia 06 de agosto de 2004. Foram destinadas duas vagas para o estado de Goiás e 18 aprovados solicitaram nomeação para a região. Os 16 PRFs que não foram lotados em Goiás trabalharam cerca de um ano na sede do DPRF em Brasília. Com a convocação de mais 550 aprovados, os servidores puderam participar do processo de remoção e vieram para os postos PRFs de Morrinhos, Anápolis e Rio Verde. Até 2007, todos os aprovados foram convocados e, pela necessidade de efetivo, o cadastro de reserva foi utilizado, totalizando mais de três mil novos PRFs.

Marcelo Azevedo, integrante da primeira turma de convocados, entrou na PRF sem conhecer muito bem a Instituição. Desde a infância Azevedo nutria uma admiração pela carreira de policial, visto que tem dois cunhados membros da Polícia Militar. "Devido a esta influência, eu ingressei no Exército, mas não gostei. Em 2003 já havia encerrado o ensino médio e comecei a estudar para vestibular e concursos. Coincidentemente, o concurso da PRF foi o primeiro que lançou edital e do qual eu poderia me candidatar", conta. Com a aprovação no concurso e no vestibular para a faculdade de direito, Azevedo teve que abrir mão dos estudos para fazer o curso de formação. "No início minha ideia era ficar temporariamente na PRF e depois retomar a faculdade, como fiz em 2005, e tentar a carreira jurídica, mas a paixão pela PRF me tomou e hoje não quero sair mais. Agora, busco direcionar meus estudos para melhorias na carreira", afirma.

Para a PRF Gisele Granzotto, inicialmente, o concurso a atraiu pela escala de trabalho e pelo salário, e que hoje ela gosta de fazer parte da Instituição. "Considero que temos muitos aspectos que podem melhorar, incluindo, por exemplo, mais rapidez para nomeação de novos PRFs. Compartilho da agonia que é esta espera", menciona, lembrando a atual situação dos aprovados no concurso de 2013.

Ao longo desses dez anos, Rafael Monferrari disse que pode conhecer melhor a Instituição, pois quando prestou o concurso não tinha muita informação. "Quando prestei o concurso estava terminando a faculdade e saindo do meu emprego à época. Não sabia muito bem o que era a PRF, mas hoje posso dizer que é uma instituição maravilhosa", afirma. Mas, assim como Gisele, ele faz ressalvas. "Acredito que deveríamos ser mais reconhecidos pelo Governo Federal. A categoria precisa ser mais valorizada", aponta.