O projeto Patrulha da Saúde deve realizar este ano 10 mil exames nos policiais que atuam nos postos das rodovias federais de todo o País e também nos servidores que atuam na área administrativa do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Em sua sexta edição, a medida visa traçar um diagnóstico das condições de saúde de todo o efetivo que atua na PRF (policiais, administrativos e terceirizados).
As atividades do programa são voltadas a ações na área de educação e saúde, como palestras e orientações sobre saúde e doenças, além da verificação de índices antropométricos e bioquímicos (peso, altura, percentual de gordura e colesterol). O Patrulha da Saúde foi criado com base nos Comandos de Saúde nas Rodovias, que realizam vários testes em motoristas profissionais. A ideia com a medida, no entanto, é averiguar o estado de saúde do efetivo e propor melhorias para os PRFs.
A participação não é obrigatória, mas os policiais estão aderindo à campanha. De acordo com a Divisão de Saúde e Assistência Social (DISAS), nas últimas edições a adesão ultrapassou os 80%. Em 2013, foi constado que dentre os que participaram dos exames, 50% apresentaram-se acima do peso ideal e com quantidade de triglicerídeos no sangue acima do aceitável.
Em mais de 60% dos examinados, a porcentagem de gordura corpórea encontrava-se acima do recomendado. Além disso, 23% dos policiais apresentaram alterações na escala de sono, indicando sonolência diurna moderada a grave, e 58% dos administrativos apresentaram alterações nos exames de acuidade visual.
O chefe substituto da DISAS, Alexandre Jorge dos Santos, revela que foram estabelecidas seis prioridades este ano e que após os exames os policiais e demais servidores serão acompanhados. “A nossa ideia é identificar grupos de risco, para que possamos depois acompanhar os policiais que apresentaram algum índice ou exame alterado. Dessa forma, após a divulgação dos resultados e da avaliação, todos serão convidados a participar de grupos de acompanhamento de casos como: sobrepeso, diabetes, hipertensão, tabagismo, estresse e sonolência. São esses os seis pontos que vamos dar mais atenção”, explica Alexandre Jorge.
Ele revela ainda que o Patrulha de 2014 vai testar mudanças na ficha de saúde para os servidores da sede, em Brasília, além de uma avaliação do ambiente de trabalho. “Vamos passar a ficha para um formato eletrônico, para que todos possam ter acesso e facilite a implantação de políticas e melhorias para os policiais. Além disso, vamos começar a avaliar questões relacionadas ao ambiente de trabalho, relação com a chefia e com os colegas. De nada adianta o policial estar em boa saúde, se no posto em que ele trabalha aparece um bebedouro quebrado ou falta material básico”, afirmou o chefe substituto da DISAS.
Alexandre Jorge explica ainda que cada regional tem autonomia para realizar o Patrulha de Saúde e que boa parte dos envolvidos nos exames e consultas são os próprios colegas que tem formação na área médica. Ele afirma, no entanto, que em algumas regiões a avaliação ainda não foi feita, mas que o problema deve ser revolvido logo após o período eleitoral. Alexandre afirmou também que se houver problemas ou os colegas que estão na pista não forem atendidos, devem informar a DISAS fazendo a reclamação pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .