O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse ontem (27) que até junho o governo deve definir a quantidade de concursados que serão convocados e quais os órgãos beneficiados para as seleções já realizadas.
A afirmação veio após questionamentos de deputados, como Izalci (PSDB-DF) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA). Rodrigues cobrou especialmente a convocação de pessoal para o Banco Central. Ele disse que a instituição tem apenas 59 servidores para atender toda a região Norte.
Críticas
Os deputados presentes à audiência pública da Comissão Mista de Orçamento com o ministro criticaram o ajuste fiscal e o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões definido pelo Executivo. O deputado Edmar Arruda (PSC-PR) lamentou que o contingenciamento tenha incidido sobre as despesas da saúde e da educação.
Pouco antes, o ministro havia falado que o bloqueio orçamentário havia mantido, nas duas áreas, o mesmo gasto feito no ano passado. Para Arruda, isso não deve ser visto como uma vantagem. "A saúde já está um caos", afirmou.
Ele criticou também as mudanças feitas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que dificultaram o acesso de estudantes ao programa. "Se tem uma coisa que não podia faltar é recursos para os jovens que estão no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]", afirmou Arruda, que também cobrou o pagamento das empresas que constroem para o programa Minha Casa Minha Vida.
O deputado Edmilson Rodrigues criticou as medidas provisórias do ajuste (MPs 664 e 665), que tornaram mais rígidas as regras de acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte "A saída [do governo] foi punir as viúvas, os pobres e os pescadores. É claro que a crise social vai se aprofundar", disse.
Fonte: Agência Câmara Notícias
