Manifestantes protestam desde a madrugada desta sexta-feira (29), em Goiânia, contra oProjeto de Lei 4330/04, que amplia os contratos de terceirização no mercado de trabalho. Integrantes de centrais sindicais bloquearam a entrada de terminais e garagens de ônibus do transporte público por três horas. Dois diretores do movimento foram detidos.
Segundo os sindicatos, 200 pessoas participam da manifestação. Já a Polícia Militar não calculou o número de manifestantes até a publicação desta reportagem.
De acordo com a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Bia de Lima, eles liberaram às 8h a circulação de veículos da Metrobus, que opera o Eixo Anhanguera, depois de três horas de bloqueio. Durante a madrugada, manifestantes também chegaram a fechar a saída da garagem da Rápido Araguaia, uma das empresas de ônibus da capital. No entanto, o ato dispersou às 6h, quando dois integrantes foram presos.
Apesar de as garagens e os terminais de ônibus terem sido liberados, passageiros ainda enfrentam dificuldades para se locomover. Os terminais seguem lotados.
O Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia (RMTC) informou, em nota, que a "Central de Controle Operacional está fazendo o possível para atender os clientes e minimizar os impactos negativos dessa situação, inclusive reforçando as linhas alimentadoras que passam pelo Eixo Anhanguera".
Detidos
Segundo a CUT, os dois detidos são dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Goiás (CTB-GO). Eles foram encaminhados pela Polícia Militar ao 20º Distrito Policial.
Delegado responsável pelo caso, Geraldo Caetano informou ao G1 que eles serão autuados pelo crime de contravenção devido à “infortunação ao trabalho”. Os manifestantes vão assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Em seguida, segundo o delegado, eles serão liberados sem a necessidade de pagamento de fiança.
Terceirização
O PL 4330/04 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade da empresa. Representantes dos trabalhadores argumentam que a lei pode provocar precarização no mercado de trabalho e fragilizar as relações trabalhistas. Empresários, por sua vez, defendem que a legislação promoverá maior formalização e mais empregos.
Fonte: G1 Goiás