Brasília (DF) - "Um momento histórico". Esta foi uma das frases mais ouvidas na manhã da última segunda (10), na capital do País, durante a Assembleia de Fundação da Pública, nova central que pretende aglutinar servidores públicos de todo o país, de todas as categorias, das três esferas de poder e o funcionalismo de União, estados e municípios.
O evento, realizado na Sede Social do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), contou com a presença de uma de uma centena de representantes do funcionalismo de todo o país, incluindo servidores da Educação, Saúde, Legislativo e Judiciário.
Seguindo o rito legal de uma assembleia para esta finalidade, a cerimônia começou com a leitura do edital da novel entidade no Diário Oficial da União. Em seguida, de forma unânime, foi aprovada a criação da Pública, também sendo aprovados o seu estatuto e a diretoria que, imediatamente, já foi empossada.
A necessidade da Pública
O presidente da CNSP, Antonio Tuccilio destacou, em sua apresentação que a criação de uma central de servidores públicos é, antes de tudo, uma necessidade. "Eu fui entrevistado e me perguntaram o porquê de se criar mais uma central, tendo em vista que já há várias criadas. Todas as outras centrais não tem uma colocação específica para o servidor público", afirmou. "Elas estão muito mais voltadas para a iniciativa privada. O setor e o servidor públicos precisam ser valorizados. O servidor público precisa ter união e a nossa confederação vai defender a Pública para agregar o funcionalismo e para que possamos ser valorizados como em tempos passados", concluiu.
Vice-Presidente da 3ª região da CNSP e presidente da Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp), José Gozze manifestou-se na mesma linha. "Há mais de dois anos, vínhamos discutindo a necessidade de criação de uma Central que unisse os servidores públicos. Servidor público é diferente de trabalhador da iniciativa privada. Os servidores, que aliás são os governantes efetivos do estado, tem que discutir suas demandas com aqueles que, temporariamente, foram eleitos para algum cargo no estado", ponderou. Gozze também alertou que "a sociedade precisa compreender que os direitos ao cidadão, garantidos na Constituição Federal, só chegam a eles pelas mãos dos servidores públicos".
O presidente da Pública
Nilton Rodrigues da Paixão Júnior, presidente do Sindilegis foi eleito o primeiro presidente da nova central. Servidor de carreira da Câmara dos Deputados, desligou-se recentemente de outra central da qual era vice-presidente, para enfrentar o novo desafio. "Nós, servidores públicos, estamos cientes de nosso papel, enquanto agente de transformação da sociedade e de nosso dever sólido de lutar por melhores condições de trabalho, remuneração e de atuação profissional". Paixão destacou que "apenas a união de todos pode fazer com que os servidores sejam atores do processo" e não poupou críticas ao atual governo.
Colegas, sim. Companheiros, não
Uma curiosidade da Pública é refutar o termo "companheiro" e adotar o "colega servidor" como referência. Segundo membros da Pública, o termo "companheiro" representa o velho sindicalismo em contraponto com a nova Central.
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Fonte: Confederação Nacional dos Servidores Públicos
