Na reunião de coordenação política no Palácio do Planalto, na qual os cortes foram detalhados e a presidente Dilma Rousseff avisou sobre sua disposição de resgatar a CPMF, ministros estavam céticos quanto à aprovação de várias das propostas.
Auxiliares diretos da presidente Dilma reconhecem nos bastidores que será muito difícil aprovar os temas que precisam do Congresso Nacional, como proposta de emenda constitucional (PEC), projeto de lei e até mesmo medida provisória.
“O governo está fragilizado no Congresso. Será uma missão impossível”, disse ao Blog um ministro que participou da reunião. “A sorte está lançada”, afirmou.
Também há o reconhecimento de que a reunião com govenadores aliados não surtirá muito efeito junto aos parlamentares. Ministros alertaram que os governadores já não controlam as bancadas. Portanto, a proposta de aumentar a alíquota da CPMF – e eventualmente contemplar os estados – pode atrapalhar ainda mais a aprovação do tributo.
Nas palavras de outro ministro com experiência parlamentar, o governo terá que “colocar a barriga no balcão” e honrar todos os compromissos assumidos com deputados e senadores em relação a liberação de emendas.
A proposta de que as emendas parlamentares sejam usadas para cobrir os gastos com saúde e manter programas como o Minha Casa, Minha Vida já encontrou forte resistência de deputados da base aliada. O governo já foi alertado sobre a reação negativa no Congresso ao pacote lançado na segunda.
Fonte: G1