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A guerra do transito

De hoje a 25 de outubro, ganha destaque um dos temas mais trágicos da crônica de violências no Brasil. Trata-se da arma mortal em que se transformou a combinação direção, condutor e pedestre. O asfalto brasileiro rouba mais vidas que guerras. Vale a comparação. Em 18 meses de conflito na Síria, morreram 27 mil pessoas. Em um ano, 50 mil brasileiros tombaram em ruas e estradas. Custo dos acidentes: R$ 40 bilhões anuais contados danos materiais, perda de produção, previdência, atendimento à saúde.

As cifras são alarmantes. Além dos que partem precocemente, há que levar em conta os incapacitados para o trabalho. Em meia década, de 2005 a 2010, a quantidade de vítimas quintuplicou. De 31 mil, passou para 152 mil por ano. Elas respondem por mais de 31% das aposentadorias compulsórias por invalidez permanente pagas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Com razão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou os números de “verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”. São várias as causas do descalabro. Elas podem ser agrupadas sob o guarda-chuva ambiente hostil. As ruas e estradas, perigosas, não perdoam falhas. A circulação é insegura, sobretudo para os ciclistas. A frota, embora esteja melhorando os equipamentos de segurança, não atende as exigências modernas. A fiscalização é ausente.

Fatores humanos se somam ao descaso da engenharia. Motoristas desrespeitam os limites de velocidade com a desenvoltura com que estacionam para tomar um cafezinho. Negligenciam itens de segurança. Falta educação e civilidade no trânsito. A formação do condutor, superficial e apressada, é insuficiente. O pedestre, elo fraco da corrente, tampouco contribui para salvar a própria vida — desconsidera sinais, faixas e sobriedade. Não raro atravessa vias em estado de embriaguez.

O aumento explosivo da frota contribui para a barbárie. Mas não a justifica. Os Estados Unidos, com população 50% maior que a nossa e frota cinco vezes superior, registraram, em 2011, 32 mil óbitos — menos que em 1960. A redução não se deve a milagres. Deve-se à correção dos erros de engenharia nos espaços públicos e à adoção de medidas de segurança.

No Brasil, o quadro se agrava. O transporte de massa ruim alimenta o sonho de independência. Quem pode compra carro. Quem não pode contenta-se com moto. A frota multiplicou-se. Motociclistas morrem mais que pedestres. Para cada óbito correspondem 50 feridos. No caso do carro, para cada óbito são 20 feridos. Passou da hora de mudar o enredo da tragédia. O Brasil sabe o que fazer. Mas não faz. Por quê?

Fonte/Autor: Correio Braziliense

Autor/Fonte: DIRETORIA SINPRFGO

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