Aproximadamente 50 pessoas fizeram um protesto na manhã de ontem (3/06) próximo ao hotel onde está hospedada a seleção brasileira em Goiânia. Os jogadores participaram de um jogo amistoso contra o Panamá.
No início da manhã, a polícia retirou à força os manifestantes da frente do hotel e os obrigou a realizar o protesto do outro lado da avenida em frente ao edifício - o que gerou um clima de tensão.
O grupo permaneceu no local e usou cornetas e apitos e ao menos um cartaz com a mensagem "Fifa go home" (Fifa volte para casa). Contudo, o barulho aparentemente não chamou a atenção da seleção. Nenhum jogador ou membro da comissão técnica foi visto do lado de fora do hotel Castro's.
Greve
O grupo de manifestantes era formado basicamente por técnicos administrativos de instituições de ensino federais - que estão em greve desde o dia 17 de maio. Eles afirmaram que o alvo do protesto não era a seleção.
"Temos que usar a mídia, é um dos meios que a gente tem para conseguir espaço. A gente não é contra a Copa nem contra a seleção, mas contra o mau uso do dinheiro público", disse o químico Guilherme Aires, delegado do Sint-ifes, o sindicato dos servidores técnicos administrativos das instituições de ensino superior.
Eles reivindicavam redução da jornada de trabalho e programas para melhor capacitação, entre outras demandas. Também era possível ver integrantes da manifestação carregando bandeiras de partidos políticos de esquerda.
Houve um momento de descontração quando um homem passou de carro em frente ao hotel e gritou "acorda, Neymar" - o que provocou risos entre os manifestantes.
Fonte: UOL