A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB, participou da Comissão Geral da Câmara dos Deputados que, nesta quarta-feira (18), que discutiu o modelo de segurança pública do país nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Presidida e coordenada pelo deputado Lincoln Portela (PR/MG), a comissão contou com ampla participação de parlamentares, sindicalistas e especialistas em segurança pública. O objetivo do debate é desenvolver novas propostas e projetos, além de reivindicar a aprovação de outras que ainda tramitam nas Casas Legislativas, no sentido de modernizar o atual modelo de segurança nacional. Além disso, a comissão visa encaminhar, também, propostas para a valorização dos trabalhadores que integram as categorias da área de segurança pública.
Posicionamento das entidades:
Para o diretor de Segurança Pública e Justiça Social da CSPB e presidente da Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários – Fenaspen, Fernando Anunciação, a questão da segurança pública, uma das pautas “urgentes” da sociedade brasileira, é tratada com descaso e omissão do poder público. “Nós ficamos estarrecidos ao ver, todos os dias nos noticiários da imprensa nacional, verdadeiros atentados contra a saúde e a vida de servidores, policiais, agentes penitenciários e, sobretudo, contra a própria sociedade. Esta se vê obrigada a conviver com os mais de 50 mil brasileiros que morrem, todos os anos, vítimas de homicídio. Essa guerra civil só será interrompida quando nossas autoridades levarem a sério o desenvolvimento de um novo modelo de segurança pública para o nosso país”, defendeu Fernando.
De acordo com presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais - FenaPRF, Pedro Cavalcanti, parte considerável da insatisfação da sociedade brasileira com a classe política, se deve pela omissão do estado brasileiro frente a precariedade de serviços públicos essenciais como saúde, educação, segurança e, também, da cada dia mais caótica, mobilidade urbana. “Tanto sociedade civil organizada quanto o movimento sindical, devem pautar, dentro do parlamento brasileiro, que todas as esferas do poder Legislativo, como, também, a administração pública dos Executivos Federal, Estadual e Municipal, recriem, democraticamente, um novo modelo de segurança pública voltado para cuidar do cidadão. A sociedade está muito inquieta com temas que vêm trazendo transtorno ao nosso país. No sentido dessa pressão popular, acredito que os poderes constituídos serão cada dia mais vigiados pela população que, sem sombra de dúvidas, está mais atenta e exigente”, disse.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais - Sindsisemg e diretor da Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais - Fesempre, Keifferson Pedrosa, é preciso reverter o descaso da administração pública com maior organização e mobilização da sociedade organizada. “É preciso unir todas as forças de segurança pública em torno de uma agenda comum. Somente à partir dessa união, com propostas concretas para poder contornar a precária situação da segurança pública no país, será possível seguirmos numa trajetória de melhora do nosso modelo de segurança.
O presidente da ONG SOS Segurança da Vida, Maurício Domingues da Silva, conhecido entre a categoria dos guardas municipais como “Naval”, as entidades sindicais do setor de segurança tem uma grande responsabilidade pela frente. “Nós precisamos do apoio dos sindicatos, das federações e das confederações para conseguirmos aglutinar o povo em defesa dos projetos para o aprimoramento do nosso modelo de segurança. Somente assim, nosso discurso ganha o apoio político necessário para exigir, do Congresso Nacional, a devida importância e urgência de tomar medidas concretas para modernizar nosso sistema”, concluiu Naval.
Fonte: Secom/CSPB
